Bagé, Rainha da Fronteira

Presente grego para o CDE Odessa Macedo

O Centro de Desenvolvimento da Expressão Odessa Macedo foi arrombado pela terceira vez em seis meses, sendo que as duas últimas nos dias 16 e 20 próximo passado, este, justamente o dia do 44º aniversário da instituição.

Segundo a professora Rita Gomes (foto acima), diretora da escola, os trabalhos da semana, preparando painéis com as crianças e realizando atividades para comemorar o aniversário restaram prejudicados, já que na segunda-feira encontraram tudo bagunçado pela ação dos vândalos, um verdadeiro presente grego.

Além da desorganização em que o centro foi deixado, os ladrões furtaram um órgão, pertencente ao Coral Auxiliadora que ensaia no Odessa Macedo.

Coral Auxiliadora

A presidente do coral, Maria Conceição Portela, faz um apelo à comunidade no sentido de tentar localizar o instrumento, fundamental para a sequência dos ensaios deste grupo que dignifica Bagé. Qualquer informação é bem vinda, pois alguém pode tentar vendê-lo.

Fechaduras reforçadas não foram suficientes para deter os ladrões, que entraram pela porta da frente e provavelmente tenham passado a noite no local, pois fizeram pipoca e comeram os lanches armazenados para serem oferecidos às crianças.

Num primeiro momento (novembro de 2011) foi colocada uma cerca elétrica nos fundos da casa, pois foi por lá que entraram, no segundo assalto foram colocadas fechaduras reforçadas na porta da frente e agora a Secretaria Municipal de Cultura, a pedido da diretora Rita Gomes, designou um ronda para passar a noite no local.

Força professora Rita Gomes, a comunidade reconhece a importância da instituição e certamente está disposta a ajudar na sua recuperação.

Getúlio Vargas, mais vivo do que nunca!

GETULIO, V.1

1882-1930 

Formato: Livro

Coleção: GETULIO

Autor: LIRA NETO

Editora: COMPANHIA DAS LETRAS

Assunto: BIOGRAFIAS - POLITICA

Esta obra procura reconstituir a trajetória pessoal e política de Getúlio Dornelles Vargas. O autor buscou se debruçar sobre documentos para ajudar a decifrar a 'esfinge Getúlio', e mostrar como foi possível que convivessem no mesmo indivíduo o revolucionário, o ditador, o reformador social e o demagogo. Lira Neto pretendeu se servir de cartas pessoais e memorandos oficiais, de diários íntimos, autos judiciais, boletins de ocorrência, notícias de jornal, anúncios de publicidade, charges, hinos, marchinhas, livros de memórias, entrevistas, depoimento, entre outros.

Lançamento  Porto Alegre/RS 

   Segunda-feira, 28 de maio, às 19h30
   Bate-papo com o jornalista Luís Araújo e sessão de autógrafos Livraria Cultura — Bourbon         Shopping Country
   Av. Túlio de Rose, 80


Este primeiro volume desta trilogia aborda os anos gaúchos de GV, englobando sua infância e sua juventude. Segundo o autor, Lira Neto: "Só entendendo o Rio Grande do Sul e suas circunstâncias históricas é possível entender a trajetória futura de Getúlio. Impossível compreender o getulismo sem entender antes o que foi o castilhismo-borgismo, por exemplo. Ao mesmo tempo, embora a narrativa se passe essencialmente no Rio Grande, procurei mostrar o que há de mais universal nos dramas internos nessa grande saga gaúcha. Além do mais, nunca entendi porque só a história do Rio de Janeiro e São Paulo são consideradas nacionais enquanto a história dos outros Estados são tidas como regionais."


Perguntado se Vargas ainda está presente na política nacional, Lira Neto diz o seguinte: "Respondo-lhe, a propósito, com outra pergunta. Alguém pode ter alguma dúvida sobre isso? FHC disse que é preciso virar a página histórica da Era Vargas. Portanto, a tal página ainda está aberta. Lula colocou o nome de Getúlio no Panteão dos Heróis da Pátria, e Dilma afirma que ele ajudou o Brasil a conquistar sua soberania. a CLT é alvo constante de discussões. Getúlio, para o bem e para o mal, está mais vivo do que nunca."


Leitura imperdível para quem pretende decifrar a Esfinge dos Pampas, como já foi cognominado nosso Getúlio pelo seus biógrafo inglês Richard Bourne, aguardemos os outros volumes desta trilogia.

Lira Neto - o autor

 Lira Neto é jornalista. Nasceu em Fortaleza, em 1963. Mora em São Paulo. Escreveu, entre outros livros, as biografias Padre Cícero (Companhia das Letras, 2009), Maysa(Globo, 2007), O Inimigo do Rei (Globo, 2006) e Castello (Contexto, 2004). 

Entre Mates & Canções

Olhando por onde ando!

Um dia, fotografando casas em Pelotas, deparei-me com uma bela calçada de ladrilhos hidráulicos, resolvi fotografá-la e gostei do resultado.

A partir daí comecei a cuidar onde pisava, estas fotos foram feitas há aproximadamente um ano, em Pelotas, onde começou a série, Bagé e Porto Alegre. Sem nenhuma dúvida, as melhores contribuições são as de Pelotas, cidade com cultura preservacionista do Patrimônio Histórico, com belíssimas construções, verdadeiros palacetes da fase de ouro das charqueadas    com suas calçadas de lindos ladrilhos, verdadeiras obras de arte.

Não me prendo somente aos ladrilhos hidráulicos, certamente os mais lindos, mas a qualquer tipo de piso, buscando imagens, combinações e texturas.

Aí vai uma pequena amostra dessas fotos, não atentem a técnica da fotografia, pois não sou profissional, mas vejam a beleza de algumas das nossas calçadas, pisos e paredes.

Se você tiver fotos de ladrilhos que julgue interessante publicar, se quiser, entre em contato, teremos o máximo prazer em publicá-las.

As calçadas refletem o cuidado de uma época, retratam a preocupação dos moradores com os mínimos detalhes de suas residências, uma espécie de cartão de visita. O requinte das calçadas deixavam antever e imaginar como seriam as casas por dentro.

Um dia fotografando, lá em Pelotas, uma senhora que passava apressada, parou e retornou até mim, perguntou-me o que  eu estava fazendo, já que eu olhava para o chão. Quando expliquei ela tirou uma máquina digital da bolsa e mostrou-me alguma de suas fotos, ela também fazia este tipo de coleção, aproveitei para pegar com ela a localização de algumas dessas calçadas que estão aí na minha postagem.

Pretendo retomar estas fotos, pois temos imagens muito interessantes sob nossos pés e na maioria das vezes não percebemos, apressados que andamos.

Diante da dificuldade, pelos altos custos, de produzir calçadas com esta riqueza toda é que devemos, na verdade temos a obrigação de preservar o patrimônio que nos foi legado. 

Bagé - Vila Industrial

Meu olhar sobre Bagé... Gosto de fotografar minha cidade!

Grandes craques bajeenses III - Calvet

Raul Donazar Calvet, um orgulho de Bagé

Raul Donazar Calvet, o Calvet, quarto-zagueiro do Grêmio de Porto Alegre, de 1956 a 1959, e do Santos FC, de 1960 a 1965, que foi bicampeão mundial interclubes e bicampeão da Libertadores pelo Peixe, em 1962 e 1963, faleceu aos 72 anos, em 29 de março de 2008, no hospital Santa Rita em Porto Alegre devido as conseqüência de um câncer no esôfago.

Calvet, deixou dois filhos e quatro netos, começou a carreira no Guarany de Bagé, mesmo clube que revelou o saudoso Tupãzinho, ídolo palmeirense nos anos 60. No mesmo Guarany de Bagé foram revelados Saulzinho, ex-atacante do Vasco da Gama, de 1961 a 1965, o ex-zagueiro-central Darci Menezes, doCruzeiro de Belo Horizonte-MG, e o meia-atacante Didi Pedalada, falecido no início de 2005. Vicente, aquele gaúcho bigodudo campeão paulista de 1973 pelo Santos, também foi revelado em Bagé. 

Aliás, Calvet trabalhou como "olheiro" do Santos no Rio Grande do Sul. Em 1978, o ex-quarto-zagueiro do Santos indicou ao Peixe o goleiro Flávio. Ele não era um grande arqueiro, mas mesmo assim o time então dirigido por Formiga, foi campeão paulista daquele ano numa memorável decisão de três jogos contra o São Paulo, de Serginho Chulapa. Os resultados foram: Santos 2x1 São Paulo; Santos 1x1 São Paulo; São Paulo 2x0 Santos e Santos 0x0 São Paulo na prorrogação que se seguiu após o encerramento do tempo normal do terceiro jogo. Pelo critério técnico, o Santos FC foi proclamado campeão.

Os principais títulos conquistados por Calvet foram: campeão gaúcho de 1956, 1957, 1958 e 1959, jogando pelo Grêmio de Porto Alegre, e campeão da Taça Brasil de 1961, 1962, 1963, 1964, 1965, do campeonato paulista de 1960, 1961, 1962, 1964 e 1965, do Rio-São Paulo de 1963 e 1966, da Libertadores da América de 1962 e 1963 e do mundial interclubes em 1962 e 1963, jogando pelo Santos FC.