domingo, 1 de abril de 2012

Guá, Guá, Guarany

             Lá se vão 104 anos, 10 meses e 9 dias que esta paixão nasceu na Rainha da Fronteira, o alvirrubro glorioso, o Guarany Futebol Clube, um time de futebol que se inspirou na imortal obra de Carlos Gomes para o seu batismo.
            Como qualquer torcedor, experimentamos alegrias e tristezas, vitórias e derrotas, taças e descenso neste período, mas em nenhum momento deixamos o nosso amor ao clube de lado. Momentos de distanciamento, instantes de profunda vivência no coração do clube, às vezes de longe a quilômetros de  distancia, outras vezes colados na tela, marcando de cima o adversário e incentivando nossos guerreiros, fiscalizando a arbitragem e vaiando o oponente.
            Eu não me lembro quando comecei a torcer pelo Guarany, mas por certo fui levado pela mão de meu avô Paulino Sá até o Estrela D’Alva, e lá naquele camarote, logo abaixo do velho pavilhão de madeira vi e gravei para sempre no coração as listras verticais vermelhas e brancas que me trouxeram enormes emoções. Isso lá pela metade da década de 50 do século passado. Concluo então que vivi a metade da história deste clube querido.
            E agora uma nova etapa se abre, tenho boas razões para acreditar nisso, parece-me que um grupo de pessoas, alvirrubros de coração e alma, dispostos a doarem-se pelo glorioso índio, unidos, conseguirão levar o Guarany a novas vitórias, podem até me chamar de “Velhinha de Taubaté”, mas eu acredito e mais do que acreditar tenho fé nesta nova fase, tenho mesmo um palpite de que isso vai acontecer. Mas o caminho será árduo, espinhoso, cheio de obstáculos e só com muita perseverança chegaremos a dias melhores.
            Não podemos debitar somente na conta dos atuais dirigentes, que ora começam a administrar o Guarany, os resultados daqui pra frente, todos nós que nos dizemos torcedores alvirrubros somos responsáveis, temos que ser agentes do futuro, temos que participar ativamente dos destinos do time, precisamos dar algo de nós para que isso aconteça e o mínimo a fazer é procurar o clube para nos associarmos, com um valor possível, que todos os meses pinguem na conta, só assim os gestores poderão fazer compromissos, planejar as ações, buscar jogadores que honrem a famosa camisa e devolvam em forma de vitórias, de luta no campo de jogo o investimento feito pela torcida.
            Não te esconde, participa. Só cornetear, é fácil, o difícil é comprometer-se, Não espera que alguém te procure, vai na sede e te associa. Qualquer valor será bem vindo, tenho a certeza.
            Ainda esta semana vou lá cumprir o meu papel de alvirrubro. Faz o mesmo.
Eduardo Dado Moraes
Publicado na Folha do Sul, Fev, 2012

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