quinta-feira, 5 de abril de 2012

Calçadão de Bagé





Na década de 50, lamentavelmente nosso Mercado Público foi destruído, para dar lugar a um moderno empreendimento que envolveu vários nomes de nossa sociedade, uma obra revolucionária para a época, o CINE HOTEL CONSÓRCIO, um equívoco, sabemos hoje, pois além de ter eliminado uma obra riquíssima que fazia parte do nosso Patrimônio Histórico, dos três prédios do empreendimento, justo aquele que abrigaria o cine teatro, resta inacabado até os nossos dias, apenas escombros que enfeiam o centro da nossa Rainha da Fronteira.
Anos depois, fechou-se a General Sampaio para o trânsito de carros e juntando-se ao Largo da Bandeira formou-se o calçadão, foi uma época em que todas as cidades do nosso interior, ou pelo menos grande parte delas fazia obras desse tipo. Jogo pra torcida, pois era uma obra barata que aparecia aos olhos da população.
Até foi uma obra plasticamente bonita, quiosques cobertos com quincha de santa fé que hoje estão bastante deteriorados, bancos, árvores que proporcionam alguma sombra, mas tudo em péssima conservação, além do grande número de ambulantes vendendo de tudo um pouco, pedintes, sujeira espalhada pelo chão.
Hoje, o trânsito de carros foi novamente permitido, mas apenas em uma mão no sentido Sete de Setembro para Marechal Floriano.
Cães soltos, sujando o passeio e dividindo o espaço com tantos quantos buscam a sombra para recuperar suas energias e seguir na luta do dia-a-dia.
Paro por ali, de vez em quando, para um café no quiosque do Hamilton, onde  vários corneteiros (gíria para aqueles que gostam de criticar sem apontar soluções, muito usada no mundo do futebol) reúnem-se, é hora da corneta, com a dupla BAGUÁ em inatividade, resta o GRENAL para motivar as flautas, histórias e estórias. Ali há muitos faladores bem informados, mas outros muito mal informados, mas que igualmente contam suas historinhas. Amores e desamores, encontros e desencontros, tudo é tema que volta e meia entra na pauta da roda de conversa. De vez em quando, política, muito de vez em quando.
Hoje a tarde andei por lá, tomei um café com meu amigo Onir, bati um papo rápido com o Bochão e o Ivan Ravazza, e fiz estas fotos que ilustram esta postagem, excetuando-se a foto do nosso belo Mercado Público, comprovando o mau estado do nosso calçadão, além da presença de um tapume que há meses está instalado em frente ao Obino Hotel, parece que a obra está próxima do fim, mas isso também contribui para a degradação do espaço criado com o intuito de embelezar o centro da nossa cidade, mas que hoje não tem o menor atrativo.
É hora de fazer alguma coisa pelo nosso calçadão. E quanto ao prédio central do Consórcio, isso precisa de uma solução, não é possível que não haja uma. Nenhuma cidade merece aquela coisa instalada lá. Terrível!

2 comentários:

  1. Dado, o prédio é o que aparece na última foto abaixo. Você sabe quem é o proprietário? Pelo estado deteriorado parece que vai custar alguns milhares de reais para consertar ou restaurar. Uma vergonha para nossa Cidade.

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  2. Tentarei te responder, mas creio que está desapropriado pela Prefeitura Municipal, parece que há um projeto para recuperação do local...Vou informar-me e relato aqui noutra postagem em breve. Grato pela visita. Abraço.

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